quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

É uma árvore milenar, a Pinus aristata, um pinheiro nativo dos Estados Unidos. Os cientistas já conseguiram determinar que essa vovó do mundo vegetal pode viver por mais de 4 mil anos. O exemplar mais antigo, apelidado de "árvore Matusalém" – uma referência ao personagem bíblico que teria vivido 969 anos –, já soprou 4.768 velinhas e segue firme e forte na Califórnia, numa floresta a 4 mil metros de altitude, com pouca chuva e clima frio. Por incrível que pareça, esse ambiente hostil é um importante ingrediente na receita de longevidade da Pinus aristata, porque os ventos gelados desencorajam a presença de insetos e previnem infestações de fungos e pragas. Outro segredo é que esse pinheiro usa praticamente toda a energia adquirida na fotossíntese para a sobrevivência, e não para o crescimento. Com essa estratégia, a árvore aumenta apenas 0,02 centímetro por ano, e mesmo os troncos mais velhos não ultrapassam 18 metros de altura. Essa espécie existe apenas nas White Mountains californianas, onde crescem e se fortalecem num ambiente extremamente árido de rochas brancas de dolomita que dão o nome às montanhas. A dolomita é uma forma de calcário muito alcalina que impede que outras plantas sobrevivam e permite que esses pinheiros, relativamente baixos, enroscados e enrugados sigam sua vida por milhares de anos.


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