sábado, 5 de abril de 2008

Miran


Kyoshi Maitô (1907/1997)


Ver pinturas japonesas

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://spectacle.berkeley.edu/~fiorillo/pics/ukiyoe/hokusai_waterfall.jpg&imgrefurl=http://spectacle.berkeley.edu/~fiorillo/texts/ukiyoetexts/ukiyoe_pages/hokusai_3falls.html&h=460&w=309&sz=57&tbnid=ujZ707lKIltb9M:&tbnh=128&tbnw=86&prev=/images%3Fq%3Dhokusai%2B%252B%26um%3D1&start=1&ei=uLLDR8-JMZm2ep3lpd4N&sig2=btAOZG5Z78c0OQSpBP5yHQ&sa=X&oi=images&ct=image&cd=1

Cartier Bresson


Estou num museu de arte antiga, seção de restauro. Olho através duma grande janela. É uma praia. É muito escuro, noite cerrada, pequenas ondas vêm para a praia toda negra, coberta de algas e moluscos, espécie de amêijoas gigantescas. Dessas conchas entreabertas saem os bichos propriamente ditos, vermelho-lagosta. São como caranguejos enormes, escarlates. Olho-os com curiosidade mas sem espanto. Porém os bichos vão crescendo, crescendo, vão-se tornando de estatura humana e começam erguendo-se, dançando, entrelaçados. Agora são já ídolos ou estátuas antigas que se abraçam. Então digo: é uma antropomorfização.


Fragmento do livro Anacrusa, de Ana Hatherly

Estive longe uns dias, mas retornei com algumas reflexões filosóficas de Espinosa:
1. A alma humana não conhece o próprio corpo humano nem sabe que ele existe.
2. A alma humana é a própria idéia.
3. A essência das coisas produzidas por Deus não envolve a existência.


Isto não é maconha, mas você pode fumar.

Pancho



Jaco van Dormael
Ver Jaco van Dormael:
um amor tão delicado.

http://br.youtube.com/watch?v=5DsOqf1T4Xo&feature=related

Quino


Era só o que faltava: holofote no tomate.

Karl Blossfeldt


Isto não é maconha, mas você pode fumar.

Um Laszlo Layton para Míriam Santini de Abreu


Brigitte Bardot




Merzak Allouache
Ver Merzak Allouache:
o tapa na mulher de turbante.

http://br.youtube.com/watch?v=zR5NPjj2gLY&feature=related
7 escândalos de Les Krims







Cau Gomez


Cartier Bresson


O DESPERTAR

Escutar pavores do cristal,
assombros de vendavais longínquos:
tudo é em nós e cais.

Insinuar pomares de pêssegos,
escombros apagar do caderno da infância:
o vazio em nós --- o Outro.

Ler Adriana Versiani na Germina

Angela Svoronou


JARDIM DE INVERNO

O vendaval fustiga as árvores que batem nas vidraças do jardim de inverno do senhor Caligari. Ele fuma erva, sorve líqüido. Uma deusa aquática, que ali está junto ao abajur, dirige-lhe a voz, de modo familiar, para lhe perguntar alguma coisa, algo banal que seja, mas, em verdade, para retê-lo consigo, e sentir a língua escamosa dele na sua pele branca.

Com os dedos hábeis e chuvosos o senhor Caligari ergue a saia da deusa e a violenta ali mesmo entre as plantas do jardim de inverno. Que amor mais escuro, choram árvores da noite – galhos contra muros – árvores que batem cada vez mais fortes na ampla janela envidraçada.

Antes de dobrar a esquina, ela voltou a cabeça, e, na forma do costume, disseram adeus com a mão.

Shânkara Lis Martins Karl, minha filha


E de tanto olhar para nada,
ficaste com olhos de fada.

Mosaico Romano de Raethia


Eles, lado a lado, atravessam o portal e buscam fogo no mundo dos espíritos. Lá encontram e beijam o Minotauro.