terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Lavar a alma ao ver o blog
Admiradores de varais,
de La Vanu.

http://admiradoresdevarais.blogspot.com/2008/

Ingrid Bergman (1915-1982)

Ver cenas de Ingrid Bergman,

no filme “Casablanca”

http://br.youtube.com/watch?v=nNMTZMncvQ4&feature=related

Shiki (1867-1902)

A DEFORMAÇÃO ORGANIZADA
DA LÍNGUA COMUM
PELA LÍNGUA POÉTICA

Um riacho de serpentes no cérebro, um vaso de porcelana com verbenas. O estranhamento se há cascalho: aqui as palavras têm plantas. Fisgo do cristal o inaudível, alago a música da mente e, à sombra do salmão ciumento, me recolho. Imagino que sou neblina de Issa, neblina vivificante, isca sou de instrumentos arcaicos que crescem em plantações protegidas por cercas de bambu:
tarolas,
ravanastrões,
sambucas,
arquialaúdes,
tchés,
turlurettes,
magrephas,
pandoras,
hidraules.


Esse disco de Jacques Brel (1929-1978) é um dos esplendores da indústria cinematográfica. Quem puder adquirir, não perca tempo.


Ne Me Quitte Pas,

de Jacques Brel

Não me deixes,
Não me deixes,
É preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer
Que já para trás ficou.
Esquecer o tempo dos mal-entendidos
E o tempo perdido a querer saber como
Esquecer essas horas,
Que de tantos porquês,
Por vezes matavam a última felicidade.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Te oferecerei
Pérolas de chuva
Vindas de países
Onde nunca chove;
Escavarei a terra
Até depois da morte,
Para cobrir teu corpo
Com ouro, com luzes.
Criarei um país
Onde o amor será rei,
Onde o amor será lei
E você a rainha.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Te Inventarei
Palavras absurdas
Que você compreenderá;
Te falarei
Daqueles amantes
Que viram de novo
Seus corações ateados;
Te contarei
A história daquele rei,
Que morreu por não ter
Podido te conhecer.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Quantas vezes não se reacendeu o fogo
Do antigo vulcão
Que julgávamos velho?
Até há quem fale
De terras queimadas
A produzir mais trigo;
Que a melhor primavera
É quando a tarde cai,
Vê como o vermelho e o negro
Se casam
Para que o céu se inflame.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Não vou chorar mais,
Não vou falar mais,
Escondo-me aqui
Para te ver
Dançar e sorrir,
Para te ouvir
Cantar e rir.
Deixa-me ser a sombra da tua sombra,
A sombra da tua mão,
A sombra do teu cão.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.

Escutar Ne me quitte pas

http://br.youtube.com/watch?v=zIP9UHtvk1g&feature=related



Capa do livro Casa de água.


Um dos 30 desenhos do livro Casa de água.

A editora Letradágua está lançando
Casa de água
,
uma edição comemorativa de meus 25 anos de escritor.

Casa de água é uma antologia que reúne 200 poemas. Nessa antologia também foram incluídos 30 desenhos de minha autoria.

Eis os títulos que compõem o

Casa de água
:

1. Tema para romance;
2. No verão amadurecem os chapéus;
3. Desenhos mínimos de rios;
4. Diário estrangeiro;
5. Travesseiro de pedra;
6. Brisa em Bizâncio;
7. Se eu mesmo fosse o inverno sombrio.


Caso v. queira adquirir o livro

Casa de água
, é só entrar em contato com o Antonio, dono do Sebo Dom Quixote, na cidade de São Bento do Sul/SC, e solicitar um exemplar a ele através do

contato@sebodomquixote.com.br

Telefone do Sebo Dom Quixote: 47-3633-5365.

www.sebodomquixote.com.br

Detalhe: o Casa de água só pode ser encontrado no referido sebo.

O preço do livro é de R$ 30,00 + o valor do impresso registrado (que custa mais ou menos R$ 4,00).

Divulguem, por favor, essa minha proposta entre amigos e conhecidos, porque todos sabem o quanto é difícil vender livro nesse país das bruzundangas.

O melhor dos abraços.

Fernando José Karl