sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Les Krims, 1966


AU GRÉ DES ONDES

Resolvi atravessar o vazio e entrar no xís do enigma, onde o pensamento não pode chegar. Decidi permanecer no xís do enigma para escutar Au gré des ondes, de Henri Dutilleux. No xís do enigma há fontis gregas, se nelas mergulho eu me curo do verme surdo que decompõe tristíssima sonata: essa cura não leva nenhum tempo, nem acontece em algum lugar. No Jardim das Confidências, a oriente do xís do enigma, o que no unicórnio é exposto é o que mim eu escondo. Lugar nenhum, eis a morada do xís do enigma, lugar onde  lapidem esse aquam fontis vivi: a pedra é uma fonte de água viva.

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